24 Termos Usados nos Investimentos – Parte 1
Acredito que todos nós, seja do mais experiente ao iniciante, temos ou já tivemos problemas com alguns termos usados nos investimentos.
São tantas siglas e termos “complicados” que fazem com que as pessoas pensem que investir é algo muito complicado, ao alcance somente de economistas e bancários.
Daí o que acontece é que você acaba desanimando e confiando apenas no seu gerente do banco para gerir seus investimentos. 😓
Para te ajudar a resolver essa sopa de letrinhas, vou explicar os principais termos usados nos investimentos que você precisa conhecer para entrar no universo dos investimentos e construir sua riqueza.
Neste artigo vamos falar dos termos usados nos investimentos ligados à Renda Fixa, além de alguns conceitos básicos necessários para todo postulante a investidor.
Pronto para simplificar sua vida? Então vamos lá!
Conteúdo
1. Renda Fixa
Renda Fixa é um dos termos usados nos investimentos para denominar uma modalidade de investimento, da qual se conhece, no futuro, o valor e o prazo em que o investimento será resgatado. Com relação ao valor, pode ser o valor exato ou a atrelado a um índice, de forma que tenha uma expectativa de retorno baseada neste índice.
É um termo usado de forma genérica para denominar todos os títulos de renda fixa que, como o nome sugere, são títulos que pagam, em períodos definidos, uma certa remuneração, que pode ser determinada no momento da aplicação ou no momento do resgate.
Quando você compra um título de renda fixa está emprestando dinheiro ao emissor do título (que pode ser o seu banco, uma empresa ou o governo).
Portanto, os juros do título são a remuneração que você recebe por emprestar seu dinheiro.
Dentre os exemplos de títulos de Renda Fixa podemos citar: Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, etc.
2. Previdência Privada
A previdência Privada é uma aposentadoria totalmente independente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e costumeiramente utilizada para complementar os valores pagos pelo Governo.
Como qualquer outra aplicação deste tipo, a instituição financeira que o administra paga ao investidor juros sobre o capital investido, e, desse modo, obtém recursos para realizar suas atividades.
Assim como as demais aplicações financeiras, a previdência privada também possui riscos.
Para mais informações sobre Previdência Privada clique aqui.
3. LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito Agropecuário (LCA) são duas modalidades de Renda Fixa que apresentam o diferencial de não serem tributados o Imposto de Renda sobre a rentabilidade.
Porém, é importante ficar atento quanto a liquidez. As aplicações em LCI e LCA não possuem liquidez, ou seja, o seu dinheiro vai ficar “preso” na aplicação até o vencimento.
Portanto, apenas invista nessa modalidade caso tenha certeza que NÃO irá precisar do dinheiro aplicado no prazo estipulado na aplicação.
4. Tesouro Direto (TD)
Tesouro Direto, ou simplesmente TD, é um dos termos usados nos investimentos mais famosos. Na prática, o TD é o programa de venda de títulos do governo federal para pessoas físicas. Ao aplicar no Tesouro Direto você empresta recursos para a União.
Por ser uma transação com um “cliente poderoso”, o Tesouro Nacional, esse é considerado um dos investimentos de menor risco.
No tesouro direto, existe 2 opções principais de aplicações:
- Pré-fixados:
São aqueles que te “dizem” quanto você vai ganhar no vencimento da aplicação; - Pós-fixados:
São os títulos em que o rendimento depende de um indexador específico. Pode ser a Selic ou o IPCA (inflação).
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Existem ainda, as opções com ou sem cupom semestral. Estes cupons são os rendimentos da aplicação que são pagos ao investidor semestralmente.
(Leia também: “Guia: Como investir no Tesouro Direto”)
5. CDB – Certificado de Depósito Bancário
Os CDBs são títulos nominativos emitidos pelos bancos e vendidos ao público como forma de captação de recursos para repasse a terceiros em forma de empréstimos.
Assim como no TD, uma CDB também possui 2 modalidades principais: Pré e Pós-fixados.
A diferença é que o indexador utilizado no pós-fixado costuma ser o CDI. Na prática os bancos oferecem rentabilidade de % do CDI, cabendo ao investidor avaliar a vantagem de cada um.
O Imposto de Renda é cobrado da mesma maneira que o TD, variando regressivamente de 22,5% a 15%.
Quanto à liquidez, ela é diária, o que significa que você poderá vender seu CDB quando quiser (o que não recomendo que faça), e receber o dinheiro no dia útil seguinte a solicitação. Porém, o retorno será menor do que seria no vencimento.
6. Títulos de Capitalização
Também conhecidos como planos de capitalização, esses títulos não devem ser vistos como uma forma de investimento propriamente dita, mas como uma poupança programada, e seu grande atrativo está nos sorteios mensais.
O dinheiro que você investe no título de capitalização é dividido em duas partes, uma vai para a conta de investimento que é corrigida com base na poupança (TR+0,5%) e outra paga a taxa de carregamento, que é utilizada para financiar as quantias sorteadas.
A taxa de carregamento varia muito entre instituições, mas sempre deve estar explícita no contrato.
Apesar de serem corrigidos com base na poupança esses títulos não estão isentos do pagamento de imposto de renda.
Em caso de sorteio e resgate do prêmio o investidor deverá pagar uma alíquota de 25% de imposto de renda, enquanto se decidir continuar participando do plano a alíquota sobe para 30%. O saque antes do prazo pode implicar na restituição apenas parcial do valor aplicado.
Mais detalhes no Artigo: Títulos de Capitalização: O que Ninguém te Conta!
7. Debêntures
As debêntures são títulos de renda fixa com prazo acima de um ano que são emitidos por empresas e podem ou não ter como garantia algum tipo de ativo.
Sua finalidade principal é financiar os projetos de investimento ou alongar dívidas da empresa.
As debêntures podem ser emitidas com uma cláusula de conversibilidade, ou seja, se o título não for pago no final do período, poderá ser convertido em uma quantidade correspondente de ações da empresa.
Embora a grande maioria das debêntures seja considerada como títulos de renda fixa, algumas podem ser consideradas como títulos de renda variável, desde que a remuneração oferecida seja com base na participação nos lucros da empresa emissora.
8. Fundo de Investimento
Os fundos de investimentos são a forma mais conhecida de aplicação financeira, e funcionam como uma espécie de condomínio de recursos individuais de pessoas físicas ou jurídicas.
Na maioria dos casos esses fundos funcionam como um condomínio aberto, sem limite máximo de participantes, administrado com a finalidade de aplicar estes recursos no mercado e maximizar o retorno para o investidor (cotista).
Mas em alguns casos, podem ser fechados, em geral estes fundos não permitem o saque a qualquer momento, e o investidor deve manter a aplicação por um prazo determinado de tempo.
A soma das aplicações individuais de cada um dos cotistas constitui o patrimônio do fundo.
Uma grande desvantagem dos fundos de investimentos são os chamados “come-cotas”. De maneira simplificada, o “come-cotas é a antecipação do IR paga a cada 6 meses, sobre uma alíquota regressiva a depender do prazo do investimento. Ou seja, essa antecipação do Imposto de Renda faz com que o montante total diminua, diminuindo junto o efeito dos juros compostos nos seus investimentos.
Veja também: Juros Compostos: Como eles vão te Enriquecer!
9. Fundo DI (ou referenciado em DI)
Nos fundos DI, pelo menos 95% da carteira é composta por títulos que acompanham a variação do CDI, sendo que pelo menos 80% da carteira deve ser aplicada em títulos públicos federais, ou privados, com baixo risco de crédito.
Por aplicarem a maior parte dos seus recursos em títulos pós-fixados, os fundos DI são indicados para uma Reserva de Emergência, devido a liquidez diária.
10. Corretoras de valores
São instituições financeiras com o objetivo de intermediar os seus investimentos.
Corretoras funcionam como um supermercado de produtos de investimentos e costumam oferecer mais opções que os bancos de varejo (aqueles onde você tem conta corrente).
11. Benchmark
Benchmark é um dos termos usados nos investimentos em que as pessoas mais ouvem falar e não sabem do que se trata.
Benchmark é como uma meta a ser alcançada por determinado investimento. “O benchmark do Fundo X é o CDI (explicação mais abaixo)” por exemplo.
Significa que aquele fundo de investimento tem como meta uma rentabilidade igual ou superior ao CDI.
12. D+0, +1, etc.
Terminologia usada no mercado para definir data em que se realizou a operação e a data em que se realiza a liquidação e/ou conclusão da mesma operação. Por exemplo uma operação D+2 significa que a instituição financeira precisa de 2 dias para efetivar a operação.
13. Indexador
É a referência utilizada pelas instituições financeiras para pagar ou receber juros de aplicações financeiras. As três principais são a taxa Selic, o IPCA/IGPM e o CDI.
14. CDI – Certificado de Depósito Interbancário
O CDI é a taxa cobrada pelos bancos para empréstimo de dinheiro entre eles.
O CDI é usado como benchmark para se comparar a rentabilidade de fundos de investimento que aplicam primordialmente em títulos de renda fixa, como os fundos DI e todas as subcategorias de fundos de renda fixa.
(Leia também: O que é o CDI?)
15. IPCA ou IGPM
São dois termos usados nos investimentos para representar a inflação. Em outras palavras, são índices distintos para medir a inflação.
Quando dizem “o IPCA ficou em 0,6% este mês” querem dizer que a inflação subiu 0,6%.
Você encontra títulos Públicos e Privados indexados à inflação. Ambos são escolhas interessantes porque protegem o seu dinheiro ao longo do tempo.
Nosso principal objetivo é vencer a inflação e garantir o poder de compra com o passar dos anos, por isso esses títulos são mais indicados para o Longo prazo.
16. Taxa Selic
A Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um índice “mãe” da Economia Brasileira. Em outras palavras, é a referência para todas as taxas de juros cobrados pelos bancos no Brasil.
Ela é determinada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que é considerada pelo mercado como o principal indicador de política monetária do governo.
Para saber como a variação da Taxa Selic afeta seus investimentos clique aqui.
17. Marcação a Mercado
Marcação a mercado é a atualização, normalmente diária, do preço de um ativo de renda fixa ou da cota de um fundo de investimento. Se você aplica em fundos ou no Tesouro Direto, talvez já tenha percebido essa variação diária nos preços das cotas.
Grosso modo, a marcação a mercado permite que você saiba quanto receberia hoje se vendesse aquele título ou aquela cota. Ou ainda, no caso de um fundo, por quanto seria possível vender, hoje, todos os investimentos que compõem sua carteira.
18. FGC – Fundo Garantidor de Crédito
Um dos termos usados nos investimentos que todo investidor em Renda Fixa deveria conhecer. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. Ela permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até R$250 mil, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência.
19. Juros Compostos
Quando os juros são pagos não apenas sobre o valor do principal, mas também sobre os juros obtidos em relação ao principal nos períodos anteriores. No cálculo de juro composto, o juro obtido em um período é incorporado ao principal no período seguinte.
Para saber tudo sobre os Juros Compostos e como ele pode te enriquecer, clique aqui.
20. Juro Real e Nominal
São as duas formas de se expressar uma taxa de juros.
Os juros nominais incluem a correção monetária do valor emprestado, sem descontar a inflação.
A taxa real de juros é determinada como sendo a taxa que incide sobre um empréstimo (ou financiamento) sem incluir a correção monetária do montante emprestado.
Para obter a taxa de juros real deve-se descontar a correção monetária da taxa de juros nominal. Em condições de inflação zero os juros real e nominal são iguais.
21. Liquidez
Um dos termos usados nos investimentos mais importantes é a liquidez.
No mercado financeiro o termo é usado para determinar a capacidade que um título tem de ser convertido em dinheiro.
A liquidez absoluta só é conferida ao papel-moeda, de forma que todos os outros títulos têm liquidez inferior, que varia conforme o tipo de investimento, prazo e a conjuntura econômica.
LIQUIDEZ DIÁRIA (D+1): Você solicita o resgate e o dinheiro cai na conta na corretora no dia seguinte. Porém, você deve solicitar o resgate em dias úteis e no horário comercial.
Tesouro Direto e alguns CDBs possuem este tipo de liquidez.
LIQUIDEZ IMEDIATA: Você solicita o resgate e o dinheiro está na sua conta em alguns minutos
Poupança possui este tipo de liquidez..
22. Reserva de Emergência
A reserva de emergência é basicamente suas despesas mensais multiplicadas pelo número de meses que você precisa para voltar a andar com as próprias pernas, além de tudo o que você pode precisar para começar um novo negócio (caso você seja um empresário ou um profissional autônomo).
O que você tem que ter em mente é que muita coisa pode ser considerado uma emergência: Um tratamento dentário inesperado, um problema no seu computador que precisa ser reparado ou o conserto do eixo quebrado do seu carro.
Na prática, o quanto guardar para sua reserva de emergência fica a critério de cada um. Acredito que no mínimo 3 meses. Se tiver condições, guarde mais.
Para mais detalhes sobre a Reserva de Emergência, clique aqui.
23. Taxa de Administração
Uma das formas de remuneração do gestor pela administração dos recursos do fundo de investimento, que também incide sobre os rendimentos dos planos de previdência complementar aberta, do tipo PGBL, VGBL etc.
A taxa é cobrada sobre o valor aplicado, sendo apropriada diariamente e cobrada mensalmente.
O valor da cota do fundo já vem descontado da taxa de administração e o percentual informado no regulamento é anual.
Assim, se o regulamento informar um percentual de 2%, trata-se da taxa anual.
O valor da taxa varia com o perfil do fundo de investimento. Termo também usado na indústria de cartões que é cobrada pelas administradoras por cada operação com o cartão de crédito.
24. Taxa de Carregamento
Termo usado para determinar a taxa que é cobrada pelas entidades abertas de previdência privada sobre as contribuições feitas pelo investidor ao plano de previdência.
Essas taxas variam de acordo com o tipo de plano e são determinadas pela própria empresa, com o intuito de repor despesas administrativas, de corretagem e de colocação do plano de seguro.
No caso dos seguros de vida com opção de previdência a taxa de carregamento está limitada a 10%.
Conclusão – Principais Termos Usados nos Investimentos
Como acabamos de ver, os termos usados nos investimentos não são tão complicado assim, não é mesmo?
Precisamos de romper essa barreira que existe entre a população em geral e os investimentos, pois eles não são nenhum bicho de 7 cabeças!
Portanto, foque em tomar decisões inteligentes sobre seu dinheiro, tanto no que diz respeito as suas finanças pessoais quanto com relação aos seus investimentos.
Assim, poderá construir uma vida mais rica e tranquila, para você e para sua família! 😉
No próximo Artigo vamos falar sobre os principais termos utilizados na Renda Variável! =)
Agora que já sabe o significado dos principais termos usados nos investimentos, que tal começar a investir?
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Recomendo que faça o download e considere começar a investir o quanto antes!
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Até a próxima! =)