21 Termos Usados nos Investimentos – Parte 2 – Renda Variável
Seguindo nossa série sobre o vocabulário básico do investidor, temos o nosso segundo artigo. Neste artigo vamos falar dos termos mais gerais ligados aos principais investimentos na Renda Variável.
Se você não leu o artigo anterior, pode acessá-lo aqui.
Acredito que todos nós, seja do mais experiente ao iniciante, temos ou já tivemos problemas com o vocabulário utilizado no universo dos investimentos, principalmente quando se trata da renda variável.
São tantas siglas e termos “complicados” que fazem com que as pessoas pensem que investir é algo muito complicado, ao alcance somente de economistas e bancários.
Daí o que acontece é que você acaba desanimando e confiando apenas no seu gerente do banco para gerir seus investimentos. 😓
Para te ajudar a resolver essa sopa de letrinhas, vou explicar os principais termos que você precisa conhecer para entrar no universo dos investimentos e construir sua riqueza.
Pronto para simplificar sua vida também na Renda Variável?
Então vamos lá!
Conteúdo
1. Renda Variável
Renda Variável é um termo usado de forma genérica para denominar todos os títulos cuja remuneração não é discriminada no momento da aplicação. Sendo assim, a rentabilidade destas aplicações depende das condições de mercado.
Dentre os exemplos de títulos desta natureza temos as ações; FIIs e os fundos de investimento que aplicam recursos neste tipo de títulos, como os fundos de ações; fundos multimercados com renda variável, etc.
2. ETF
Os Exchange Traded Funds (ETF, sigla usada internacionalmente) são fundos de investimentos com cotas negociáveis na BM&FBOVESPA, como se fossem ações. Um ETF sempre está ligado a um índice da Bolsa.
Sua rentabilidade, portanto, acompanha a variação do índice em que está baseado, como o Índice Bovespa ou o Índice Imobiliário.
Na hora de aplicar ou resgatar em um ETF, tudo ocorre como se fosse uma compra ou venda de ações.
3. Fundos Imobiliários (FIIs)
É um fundo de investimento que faz aplicações em empreendimentos imobiliários, tais como imóveis comerciais; residenciais, rurais ou urbanos, construídos ou em construção, para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Os investidores recebem os rendimentos gerados pelos ativos do fundo.
A negociação funciona através da bolsa de valores, através da compra ou venda de cotas.
É uma maneira relativamente barata de fazer parte do mercado imobiliário e receber “alugueis” periódicos.
4. Ações
O investimento mais famoso quando se trata de renda variável. As ações são a melhor forma para quem quer se tornar sócio de uma empresa, pois representam uma fração do capital de uma companhia.
Em geral, são negociadas em bolsa, centro de negociação em que se realizam a compra e a venda de ativos.
As ações podem ser ordinárias (ON) ou preferenciais (PN):
Ordinárias (ON): Na teoria, dão ao acionista o poder de voto nas assembleias, ou seja, nas decisões da empresa. Se você quer ser sócio da empresa, este tipo de ação que você deve comprar.
Preferenciais (PN): Na teoria, conferem aos acionista prioridade na distribuição de dividendos (parcela do lucro que a empresa paga ao seu investidor). Na prática a única “vantagem” da PN é com relação à liquidez pois, em geral, são as ações mais negociadas.
5. Análise Técnica
Vocabulário utilizado no mercado de ações, é também denominada Análise Gráfica. É uma metodologia que se baseia no comportamento de ações listadas em bolsa ou outros ativos no passado e procura avaliar as possibilidades de flutuações futuras.
Em geral, este tipo de análise é usado para se projetar o desempenho de curto prazo de uma ação.
O analista técnico, ou grafista, baseia-se nos princípios que os preços se movem em tendências persistentes ao longo do tempo e também através de padrões gráficos. Uma vez determinada essa tendência e padrões, é possível estimar qual o melhor momento para comprar ou vender uma ação.
6. Análise Fundamentalista
Metodologia de análise que utiliza os dados financeiros disponíveis sobre uma empresa para projetar seu desempenho futuro (ex. lucros, posição no mercado, oferta de produtos etc.) e assim determinar um preço justo para as ações da empresa.
Para isso, o valor de mercado da empresa é expresso em forma de múltiplos de seu valor patrimonial, lucro estimado, fluxo de caixa e comparado com múltiplos implícitos de empresas no mesmo setor.
A principal fonte de informação do analista fundamentalista é o balanço da empresa, de onde ele extrai informações sobre dividendos, lucros, dívidas, atuação da administração, etc.
7. Buy & Hold
Estratégia de selecionar ações de excelentes empresas, comprá-las na bolsa e mantê-las por um longo tempo na carteira. Essa estratégia independe das oscilações que sempre ocorrem de curto prazo.
8. Trader
O chamado trader é o investidor que investe em empresas com base no seu preço e espera ganhar na variação positiva desse preço. É o tipo de investimento que a maioria enxerga quando se fala em ações.
Porém, é importante salientar que todo lucro de um trade deve ser alocado em investimentos concretos, seja em ações de boas empresas, FIIs, renda fixa, etc.
9. Day-trade
A operação Day Trade é aquela em que um mesmo investidor compra e vende, no mesmo dia, a mesma quantidade de títulos de uma mesma empresa, utilizando a mesma corretora.
10. Corretoras de Valores
São instituições financeiras com o objetivo de intermediar os seus investimentos.
Corretoras funcionam como um supermercado de produtos de investimentos e costumam oferecer mais opções que os bancos de varejo (aqueles onde você tem conta corrente).
11. Home Broker
É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as sociedades corretoras. Essa plataforma torna mais ágil e simples as negociações no mercado acionário.
O Home Broker permite o envio de ordens de compra e venda de ações e outros ativos pela Internet, possibilita acesso às cotações e acompanhamento de carteiras de ativos, entre vários outros recursos.
12. D+0, +1, etc.
Terminologia usada no mercado para definir data em que se realizou a operação e a data em que se realiza a liquidação e/ou conclusão da mesma operação. Por exemplo uma operação D+2 significa que a instituição financeira precisa de 2 dias para efetivar a operação.
13. Taxa de Custódia
Nome dado à taxa cobrada por um custodiante, em geral um banco ou corretora de valores mobiliários, pela manutenção das ações ou outros valores mobiliários de seus clientes.
Quando o investidor compra uma ação ou outro ativo no mercado ele acaba não recebendo o título representativo, que fica sob a custódia do custodiante, que, por este serviço, cobra a taxa de custódia.
14. Call – Opção de Compra
Termo que vem do inglês e é usado no mercado de opções e significa opção de compra.
Quando um investidor compra uma opção de compra, ele paga um prêmio para adquirir o direito de comprar um determinado ativo financeiro por um preço previamente determinado durante o prazo de vigência ou no vencimento da opção.
15. Dividendos
Pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação.
O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa. É, em geral, é pago anualmente, semestralmente ou trimestralmente.
Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada exercício.
16. JCP – Juros Sobre o Capital Próprio
Forma de distribuir o lucro da empresa.
Mas diferentemente do dividendo, que é classificado como parte do lucro líquido da empresa, o juros sobre capital próprio entra como despesa antes do lucro para a empresa, o que faz com que ela não tenha que arcar com o pagamento de imposto de renda sobre o valor.
Por isso o juros sobre capital próprio é informado ao investidor no valor bruto (antes do IR) e no valor líquido (depois do IR), já que o imposto acaba sendo pago pelo acionista beneficiado.
17. Mercado Fracionário
Se você não desejar comprar um lote completo de ações, é preciso usar o mercado fracionário. Para isso, insira a letra “F” no final do código da ação, exemplo: PETR4 / PETR4F, ITUB4 / ITUB4F.
18. Blue Chip
Termo usado para fazer referência às ações de grande liquidez e números de negócios no mercado. Em geral, são ações de empresas tradicionais, com ótima reputação e de grande porte. Podemos citar como exemplos no Brasil: Petrobras, Vale, Itaú, etc.
Sobre o termo blue chip, ele foi “herdado” do jogo de poker, no qual é usado para se referir às fichas mais valiosas, as azuis.
19. Small Caps
Termo usado para fazer referência às ações de baixo valor de mercado e pouca liquidez na bolsa. Em geral, são ações de empresas pequenas.
20. Bull Market
Expressão usada para designar a tendência de alta generalizada do preço dos ativos financeiros, devido à semelhança com o movimento que o touro (Bull, em inglês) faz quando ataca – de baixo para cima.
21. Bear Market
Expressão usada para designar a tendência de queda generalizada do preço dos ativos financeiros, devido à semelhança com o movimento que o urso (Bear, em inglês) faz quando ataca – de cima para baixo.
Conclusão
Como acabamos de ver, os termos usados nos investimentos em renda variável não são tão complicado assim, não é mesmo?
Precisamos de romper essa barreira que existe entre a população em geral e os investimentos, pois eles não são nenhum bicho de 7 cabeças!
Portanto, foque em tomar decisões inteligentes sobre seu dinheiro, tanto no que diz respeito as suas finanças pessoais quanto com relação aos seus investimentos.
Assim, poderá construir uma vida mais rica e tranquila, para você e para sua família! 😉
Agora que já sabe o significado dos principais termos do mundo dos investimentos também na renda variável; que tal começar a investir?
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Até a próxima! =)