5 Desvantagens de investir em Previdência Privada
Semana passada mostrei 5 vantagens de se investir em Previdência Privada.
Hoje vou mostrar 5 Desvantagens deste tipo de investimento.
Assista o Conteúdo deste Artigo em Vídeo! 😎
Meu nome é André Araújo, sou consultor financeiro e autor do livro “Minha Primeira Ação”.
Então vamos lá!
Conteúdo
1- Baixa Rentabilidade
A primeira desvantagem de investir em Previdência Privada é a Baixa rentabilidade:
A grande maioria dos fundos de Previdência Privada do mercado hoje, possuem uma rentabilidade comparada a da Poupança.
E convenhamos, a poupança está longe de ser uma aplicação interessante, especialmente no longo prazo.
Porém, obviamente, existem exceções.
A rentabilidade, contudo, está diretamente relacionada com o nível de risco que você terá no seu investimento.
Portanto é preciso pesquisar e avaliar bem antes de contratar seu plano;
2- Maior Risco
A segunda desvantagem de investir em previdência privada é o maior risco:
Além do risco citado anteriormente, diferentemente das aplicações em Renda Fixa, as aplicações em Previdência Privada não possuem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC); ou seja, se a seguradora quebrar durante a fase de recebimento, ou seja quando você já se aposentou e recebe o benefício, você simplesmente perde tudo.
Na fase de acumulação, enquanto ainda está contribuindo para o plano, por se tratar de um fundo, é possível, mas não garantido, que outra instituição assuma e você não perca o valor investido;
3- Taxas elevadas
A terceira desvantagem do investimento em previdência privada são as taxas elevadas:
Assim como no caso da rentabilidade, a grande maioria dos fundos de Previdência Privada do mercado hoje, praticam taxas de administração e carregamento elevadas, o que corroem todos os benefícios que possa ter ao longo do tempo.
Em geral, podem ser cobradas 3 taxas diferentes:
A Taxa de Carregamento que é um percentual do valor que você aplica que é cobrado pela instituição para que você invista nela.
Portanto, caso você aplique mensalmente, digamos R$ 1.000 na previdência, acumulará no final de um ano – e sem considerar os rendimentos dos fundos – entre R$ 12 mil (para uma taxa de 0%) e R$ 11.400 (para uma taxa de 5%, média do mercado).
A taxa de gestão que varia no mercado nacional de 0,5% a 4% ao ano e incide sobre o patrimônio acumulado no fundo.
E a taxa de saída é cobrada no momento do resgate e costumam ser algo em torno de 0,4% em relação ao valor acumulado.
De novo, vale a pesquisa e a atenção aos detalhes na hora de contratar;
4- Investimento engessado
A quarta desvantagem de investir em previdência privada é que ela é um investimento engessado:
Por se tratar de um investimento de longo prazo, visando a aposentadoria, caso você precise resgatar o dinheiro de forma antecipada, você até deve conseguir, mas é bem provável que perca dinheiro devido às taxas e Imposto de Renda elevado, especialmente se optou pelo regime regressivo.
Portanto, o investidor tem que ter consciência de que se trata de um investimento de longuíssimo prazo;
5- Custo de oportunidade
A quinta e última desvantagem é o custo de Oportunidade:
De maneira geral, caso optasse por montar sua própria aposentadoria investindo, mesmo que na Renda Fixa, há grandes chances de você conseguir uma rentabilidade superior à da Previdência Privada.
Além disso, questões de taxas, impostos e liquidez podem fazer diferença, caso, no meio do caminho, opte por resgatar os valores investidos.
Vale a Pena?
Para responder essa pergunta é preciso ter consciência de que existem previdências privadas e previdências privadas. Além disso, existem diferentes perfis de investidor e objetivos.
De maneira geral, olhando para a maioria dos fundos existentes no mercado hoje, posso dizer com segurança que a maioria deles não vale a pena.
Porém, não posso afirmar que uma previdência privada será sempre ruim.
Existem produtos bons para certos tipos de pessoas.
O problema maior é a falta de conhecimento e a falta de pesquisa, de forma que alinhe o produto com os objetivos de cada um.
Além disso, é preciso avaliar qual modalidade de previdência vai adotar (PGBL ou VGBL); qual regime de tributação (Progressiva ou Regressiva); qual risco está disposto a assumir, avaliar as taxas presentes, etc.
O ideal é que procure fundos que não possuam taxa de carregamento na entrada, além de taxas de administração de até no máximo 2%. Para a maioria das pessoas o VGBL com regime de tributação regressivo é a melhor opção.
De maneira geral apenas recomendaria uma previdência privada para aqueles que são gastadores assumidos e que não conseguem, de jeito nenhum, poupar e investir por conta própria.
Para estas pessoas, uma previdência privada pode ser uma alternativa para a aposentadoria, já que sabemos que não devemos contar com o INSS.
Porém, a melhor alternativa é construir sua própria aposentadoria!
Você pode fazer isso através de investimentos simples em renda fixa e renda variável.
O livro “minha primeira ação” descomplica como investir na bolsa de valores para ver seu dinheiro rendendo com a magia dos juros compostos.
Mostrei o passo a passo, do início ao fim, de como começar a investir, mesmo com pouco dinheiro, na bolsa de valores e garantir assim, uma aposentadoria tranquila com liberdade financeira.
E você? Possui alguma experiência com investimentos em previdência privada?
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