Fundos de Investimento Imobiliário – FIIs

fundos de investimento imobiliario
Você já pensou em investir em imóveis com pouco recurso, de maneira rápida e eficiente? Se sim, você deveria conhecer os Fundos de Investimento Imobiliário.

Os Fundos de Investimento Imobiliário, ou como são mais conhecidos, FIIs, chegaram como uma excelente alternativa de investimento no mercado imobiliário.

“Quem compra terra, não erra” já diz a sabedoria popular.

Todo brasileiro entende um pouco de imóvel, e/ou conhece alguém que vive da renda de imóveis.

Você já imaginou o quão bom seria poder comprar imóveis sem correr todos os riscos do mercado imobiliário tradicional?

E o que fazer quando não se tem dinheiro para poder comprar imóveis para futura venda, ou mesmo para alugar?

Pois saiba que através dos Fundos de Investimento Imobiliário é possível investir em imóveis de qualidade, alugados para grandes empresas, com pouco recurso, de maneira quase instantânea e, ainda por cima, sem burocracia.

Como ocorre nos imóveis, investindo em FIIs, você recebe renda todo mês na sua conta, proporcional ao valor investido, referente a receitas, como por exemplo, o aluguel.

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) é o instrumento mais eficiente para qualquer tipo de investidor que deseje ter acesso ao investimento em negócios de base imobiliária, de maneira fácil, rápida e com pouco recurso.

Se você também gostaria de aproveitar essa oportunidade de investimento no mercado imobiliário, continue lendo que vamos explicar como funciona, ok?

investidor sis

Conteúdo

O Que são Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)?

FII

Popularmente conhecidos como FIIs, os Fundos de Investimento Imobiliário, como o próprio nome diz, é um fundo com cotas negociadas na bolsa de valores. É portanto, um investimento em renda variável.

Os cotistas unem seu capital para investir no mercado imobiliário, seja diretamente em imóveis residenciais ou comerciais prontos para o aluguel, ou na incorporação e desenvolvimento de área, para futura construção e venda.

Podem também investir em instrumentos de renda fixa com lastro em imóveis como os CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) ou em LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

Diferentemente dos fundos de investimento tradicional, que são oferecidos pelos bancos, os FIIs são fundos fechados no sentido do resgate das cotas.

A compra e venda é feita diretamente de investidor para investidor.  Ou seja, toda vez que há algum negócio, há uma parte compradora e outra vendedora.

Cabe a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o papel de fiscalização do mercado de capitais, tanto de ações como de fundos.

Os fundos de investimento imobiliário vêm a mercado através dos IPO (Initial Public Offering).

O administrador, que geralmente é uma instituição financeira, define o perfil do fundo, assim como tipos de ativos alvo, regulamentos e normas.

O prospecto inicial com as datas de liquidação, período de captação e início de negócios é publicado na bolsa, com todas informações sobre o fundo que está vindo a mercado.

Após sua publicação o administrador e distribuidores parceiros da oferta, geralmente corretoras, captam o dinheiro pretendido pelo fundo e alguns dias após a data liquidação, o fundo tem seus negócios iniciados na bolsa.

Se no período de captação o mínimo pretendido pelo fundo não é alcançado, o fundo é dissolvido, e então, o dinheiro devolvido aos investidores.

Detalhes Importantes…

A maior parte dos fundos imobiliários são criados sem prazo de duração. Alguns fundos de desenvolvimento específicos, possuem prazo pré-determinado para sua liquidação, e quando essa acontece, o dinheiro captado é devolvido aos cotistas.

Pode acontecer de alguns fundos imobiliários iniciarem com prazo determinado e mudar os planos no decorrer do tempo, se tornando um fundo sem prazo determinado.

Alguns fundos podem passar por processos de venda forçada, que ocorre quando algum cotista majoritário ou grupo de cotistas com mais da metade das cotas, convocam assembleia de cotistas e propõe a venda do fundo.

Esse processo é denominado take over, não costuma acontecer com muita frequência, mas é um risco a ser considerado.

Por lei, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir 95% do lucro aos seus cotistas.

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A periodicidade da distribuição é semestral. No fechamento do semestre, o administrador do fundo verifica se a obrigatoriedade foi atingida, caso contrário ele realiza o ajuste. Essa diferença de 5%, fica para o caixa do fundo, formando uma reserva para administração do imóvel e fazer frente a alguma taxa que possa surgir.

Os fundos imobiliários são disciplinados pela Lei n° 8.668, de 25/06/1993 e pela Instrução CVM n° 472, de 31/10/2008 e Instrução CVM 516 de 2011.

Vantagens e Desvantagens dos FIIs

Como todo investimento, é preciso analisar suas vantagens a desvantagens, a fim de decidir se este é um investimento que vai de encontro ao seu perfil e aos seus objetivos.

As principais vantagens dos fundos, principalmente em relação ao investimento direto em imóveis, são:

  • Investir no mercado imobiliário sem a necessidade da compra de um imóvel;
  • Distribuição mensal de rendimentos na conta do investidor;
  • O investimento pode ser fracionado, diferentemente do que acontece no mercado real;
  • Diversificação em vários tipos de imóveis (Escola, Hospital, Shopping, etc.);
  • Avaliação anual dos imóveis por empresas especializadas;
  • Administração realizada por equipes capacitadas;
  • Baixas despesas com taxas, emolumentos e corretagem comparadas as dos imóveis, levando em consideração o mesmo valor de compra;
  • Diversificação de imóveis e inquilinos, com apenas um fundo;
  • Diversificação geográfica com maior facilidade;
  • Investimentos em ativos imobiliários com padrão superior, não acessíveis para investidores comuns, com pouco capital;
  • Isenção de imposto de renda distribuídos pelo FII para pessoas físicas;

As principais desvantagens dos fundos em relação ao investimento direto em imóveis são:

  • Ausência de influência direta na administração do fundo;
  • Impossibilidade de usufruto direto dos imóveis do fundo;
  • Sujeição a erros e má administração, da gestora do fundo;
  • Maior taxa de imposto sobre o lucro na venda dos fundos, 20% nos fundos enquanto nos imóveis é de 15%;
  • Risco de liquidez: no momento da venda das cotas, pode não haver comprador suficiente para compra;
  • Risco de calote: fundos que investem em CRI podem ter Default de seus títulos;
  • Variação da cota: após a compra de um fundo, ela pode subir ou cair, sem influência do investidor;
  • Obrigatoriedade de venda em caso de take over;

Como Negociar Fundos de Investimento Imobiliário

Renda Variável

Os fundos imobiliários são negociados em bolsa, e para isso o investidor deve possuir conta em uma corretora de valores, para realizar as transações.

Se você ainda não possui uma conta em uma corretora, eu ensino como fazer no meu ebook gratuito (clique aqui para download).

O processo é simples, após a abertura da conta, basta abrir o home broker e colocar a ordem de compra.

A ordem pode ser definida em vários tipos: pode colocar um preço que achar justo e um prazo para executar ou pode comprar a mercado, com a corretora executando a ordem no melhor preço disponível no book.

Possuem código de negociação formado por 04 letras maiúsculas e dois números, como exemplo: ABCD11.

Alguns fundos possuem a letra b após os números, ABCD11b, isso quer dizer que o fundo é negociado em mercado balcão. Na prática, para o investidor não muda muita coisa, pois alguns fundos do mercado balcão possuem uma liquidez menor que os de mercado padrão.

A fração mínima para compra de fundos imobiliários é 01 (uma) cota.

O investidor não precisa se preocupar com lotes, ao contrário do que acontece com a compra de ações, que geralmente são negociadas em lotes de 100 (cem). Já no mercado fracionário, as ações, são negociadas em qualquer quantidade.

A liquidação é feita em D+3, assim como nas ações. Como exemplo, quando uma compra é realizada na segunda-feira, a liquidação ocorrerá na quinta-feira.

Algumas corretoras já debitam da conta do investidor o dinheiro referente à compra, no dia que foi realizada. Outras retiram apenas no dia da liquidação, o ideal é conversar com sua corretora antes sobre isso.

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário

Assim como nas ações os fundos imobiliários possuem um índice para referência do comportamento dos fundos, é o IFIX.

Abaixo temos a carteira teórica do IFIX do mês de janeiro de 2018.

Para quem está começando, recomenda-se começar pelos fundos pertencentes ao IFIX, pela liquidez de negócios que esses fundos possuem.

Pertencer aos IFIX não significa que o fundo não possua algum problema dentro dele, apenas que possui liquidez para negócios.

IFIX

Fonte: Bmf&Bovespa

Indicadores

Assim como nos investimentos em ações,  no investimento em fundos imobiliários é importantíssimo analisar o fundo em questão.

Porém, os parâmetros a se analisar são distintos.

Abaixo temos alguns indicadores e paramentos para analisarmos um FII:

  • Imóvel: classificação do fundo quanto a quantidade de imóvel, se ele é mono-imóvel ou multi-imóvel.
  • Inquilino: classificação do fundo quanto a quantidade de inquilinos, se ele é mono-inquilino ou multi-inquilino.
  • Valor patrimonial: valor do total do patrimônio do fundo, fornecido pelo informe mensal, dividido pelo total de cotas
  • P/Vpa: razão entre o preço da cota pelo valo patrimonial, dá uma visão se o fundo está com valor acima ou abaixo do patrimônio.
  • Último rendimento: último rendimento declarado pelo fundo.
  • Dividend Yeld: razão em porcentagem do último rendimento pelo preço da cotação, pode ser analisado também no período anual.
  • Rentabilidade 12 meses: variação da cota nos últimos 12 meses, alguns fundos novos não possuem histórico de 12 meses, por isso tem uma rentabilidade menor
  • Vacância física: porcentagem da área do fundo disponível para locação, de acordo com o último relatório gerencial ou informe trimestral
  • Volume médio negociado: volume médio do fundo negociado nos últimos 30 dias
  • Área boma: área total do fundo disponível para locação
  • Valor de mercado/m²: razão entre o valor de mercado do fundo e a área total do fundo. Dá a visão de quanto o fundo está sendo negociado na bola por m².
  • Patrimônio líquido: patrimônio do fundo, declarado nos informes mensais.
  • Valor de mercado: valor que todo o fundo é negociado na bolsa.
  • Cotas total: número de cotas que o fundo possui, de acordo com o informe mensal.
Para acompanhar de perto…

Se você já entende o básico, já investe em fundos de investimento imobiliários e quer indicadores para acompanhar seus FIIs…

Recomendo dar uma olhada no Radar de Fundos Imobiliários:

Nele você encontra tudo o que você precisa para acompanhar seus fundos imobiliários.

Você recebe diariamente gráficos comparativos de rentabilidade, P/VPA e Dividend Yeld e muito mais.

Você pode saber mais sobre o Radar aqui.

Tipos de Fundos

Basicamente, os Fundos de Investimento Imobiliário se dividem em fundos de Tijolo e Papel.

Fundos de Tijolo

Mais tradicionais no mercado, os chamados fundos de tijolo, basicamente são fundos que investem diretamente em imóveis para gerar renda.

O dinheiro do fundo é usado para compra de um imóvel. Este imóvel é alugado e então o aluguel devolvido aos cotistas todo mês, descontando taxas e outros custos.

Se dividem em vários segmentos, podem ser fundos de Lajes Corporativas, Logísticos, Shoppings, Hospitais, Educacional, Hotelaria e Varejo.

Abaixo temos um desenho de funcionamento de um fundo que investe em shoppings.

Como investir em FII

Fonte: Bmf&Bovespa

Fundos de Papel

Se dividem em três segmentos, Fundos de CRI, Fundos de Desenvolvimento e Fundos de Fundos.

Menos populares, os fundos de Papel, não investem diretamente em imóveis e sim em instrumentos de Renda Fixa, lastreados em imóveis, como os CRI, e LCI.

Podem investir na incorporação e desenvolvimento de áreas urbanas ou investir em outros fundos imobiliários.

O fundo recebe mensalmente os juros desses instrumentos; ou lucro na venda de lotes ou, ainda, os rendimentos dos outros fundos (no caso de Fundos de Fundos (FOF)), e distribuem aos cotistas após abater os custos e taxas.

Datas Ex-rendimentos e Pagamentos

Como a maioria dos fundos distribuem rendimentos todo mês, há duas datas importante para os fundos.

A primeira é a data que o fundo fica Ex-rendimento, é a última data para se ter direito aos rendimentos do fundo.

Caso queira receber os rendimentos do fundo naquele mês essa é a data limite que você deve comprar o fundo.

Na maior parte dos casos, geralmente é o último dia útil do mês.

A segunda, é a data de pagamento do rendimento. Suponhamos que a compra foi realizada na data Ex-rendimento e que seja o último dia útil do mês, a grande maioria dos fundos paga seu rendimento no 10º dia útil do mês seguinte.

Esse processo é todo automático, não precisa fazer nada, o dinheiro cai automaticamente na conta da sua corretora.

Rendimentos Isentos

Aqui sem dúvidas temos a melhor vantagem deste produto.

Os fundos imobiliários são isentos de imposto de renda nos rendimentos para o investidor pessoa física, desde que se cumpram algumas regras.

Porém isso não foi sempre assim. Essa isenção teve início em 2005, através de uma lei para incentivo do mercado de fundos imobiliários. Anteriormente a essa data, os rendimentos dos fundos eram tributados.

As regras para isenção são:

  1. As cotas do Fundo de Investimento Imobiliário devem ser negociadas exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão organizado;
  2. O Fundo de Investimento Imobiliário deve possuir, no mínimo, 50 (cinquenta) quotistas;
  3. O investidor pessoa física não deve possuir mais do que 10% das cotas do fundo;

A grande maioria dos fundos listados em bolsa possuem as características acima e são isentos do imposto de renda.

No futuro essa isenção pode ser revista e voltar a ser como era anteriormente ao incentivo concedido. Porém, isso não é motivo para pânico e sair se desfazendo de suas cotas a qualquer preço.

É preciso calma e sangue frio para avaliar o contexto e não tomar decisões no calor do momento.

É extremamente importante não confundir isenção de imposto nos rendimentos, com isenção de declaração de imposto de renda.

Todo investidor que teve movimentação no mercado de bolsa, é obrigado a fazer declaração de imposto de renda, mesmo que os rendimentos do seu trabalho fiquem abaixo do mínimo estabelecido pela receita federal, para pagamento de imposto.

Conclusão

Como você deve ter percebido, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são o instrumento mais eficiente para qualquer tipo de investidor que deseje ter acesso ao investimento em negócios de base imobiliária, de maneira fácil, rápida e com pouco recurso.

Portanto, caso queira se aprofundar no assunto e começar a investir em FII, recomendo o Ebook do Egbert Chaves, que, inclusive, ajudou na elaboração deste artigo.

O livro é indicado para investidores iniciantes e experientes que desejam se capacitar em Fundos de Investimento Imobiliário e desejam montar uma carteira diversificada para o longo prazo.

O principal objetivo do livro, segundo o próprio autor, é oferecer os fundamentos do mercado de FIIs, assim como todos os detalhes que você precisa saber para analisar, comparar e escolher os melhores fundos para investir.

Abrange além dos tipos, indicadores e comparações com renda fixa, tópicos como estratégia de investimentos e imposto de renda.

E o melhor, por um preço extremamente acessível, para que esta modalidade de investimento possa ser disseminada para todos quatro cantos do nosso Brasil.

Você pode ter acesso ao ebook aqui.

Um grande abraço e até a próxima!

André Araújo

Olá! Meu nome é André Araújo e sou o autor deste Blog. Sou engenheiro e educador financeiro. Ajudo escravos do boleto a organizarem suas finanças e alcançar a independência financeira. Ajudo também pessoas que não tem tempo a perder a começarem a investir de maneira descomplicada. Ajudo as pessoas a tomarem decisões mais inteligentes sobre o dinheiro, de forma que possam viver com mais qualidade de vida, cheia de coisas que lhe dão prazer.

Website: http://www.andrearaujo.com.br/

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