Como ser Sócio de Empresas na Bolsa?
Muita se fala na grande variedade de ações listadas em bolsa e a dificuldade em escolher como ser sócio de empresas na bolsa.
Assista o Conteúdo deste Artigo em Vídeo! 😎
Entre as diversas técnicas para analisar empresas e suas ações, destacam-se a análise fundamentalista e a análise técnica.
De tão diferentes entre si, costumam provocar intermináveis discussões entre investidores que defendem as vantagens de cada uma.
Porém, como você irá perceber, ambas podem conviver no dia a dia do investidor, pois se prestam a diferentes objetivos e tipos de decisão.
Vou mostrar os fundamentos de cada tipo de análise para que você possa avaliar qual a melhor para você, de acordo com seu perfil e objetivos.
Hoje vamos falar da Análise Fundamentalista e como ser sócio de empresas na bolsa.
Conteúdo
Análise Fundamentalista
A análise fundamentalista reúne uma série de técnicas, como análise de balanços, análise econômica, análise setorial, estudo da gestão da empresa e tendências de consumo, a partir do qual são traçados projeções de resultados para a empresa, em geral no médio/longo prazo.
Em geral, a análise é complexa e envolve uma “previsão” de valor da empresa, com base em diversos fatores como expectativa de preço, lucro, relação entre eles, expectativa de mercado, etc.
O que o pequeno investidor como eu e você temos que ter em mente é que a análise fundamentalista que você precisa saber, e fazer, é analisar as empresas para se tornar sócio delas.
Como ser Sócio de Empresas na Bolsa?
E o que é preciso analisar para ser sócio de empresas na bolsa?
Para ser sócio de empresas na bolsa você precisa observar 4 pontos principais:
- Segurança para ser sócio;
- Gestão e governança;
- Lucros consistentes;
- Caixa e dívida equilibradas.
Ou seja, se ao analisar uma empresa você perceber que ela não dá lucro, ou não tem liquidez, ou possui uma dívida imensa e desequilibrada, ou mesmo uma má gestão, ela não serve para você ser sócio.
Segurança para ser Sócio
Para ser sócio de empresas na bolsa, a primeira coisa que você precisa avaliar é a segurança.
De nada adianta a empresa ser boa, se ela não dá o mínimo de segurança para o investidor minoritário.
A empresa para dar segurança ao pequeno investidor precisa ter liquidez nas ONs e ter um percentual de ações ONs disponíveis para o mercado superior a 25%.
(Se não sabe o que são ONs leia este artigo aqui).
O ideal é que a empresa seja do Novo Mercado, possuindo só ONs com 100% de tag along (o tag along garante ao minoritário receber o mesmo por ação no caso de troca de controle da empresa).
Lembrando que ser do Novo Mercado por si só não garante nada. Pode ter essa classificação e ser uma péssima empresa.
Você não é obrigado a ser sócio de nenhuma empresa, só seja das que te dão o mínimo de segurança.
[optin_box style=”4″ alignment=”center” action=”https://www.aweber.com/scripts/addlead.pl” method=”post” email_field=”email” email_default=”Seu melhor e-mail” integration_type=”custom” double_optin=”Y” gdpr_consent=”disabled” consent_1_enabled=”no” consent_2_enabled=”no” consent_notes_field=”missing_integration_type” opm_packages=””][optin_box_hidden][/optin_box_hidden][optin_box_code]
[/optin_box_code][optin_box_field name="headline"][/optin_box_field][optin_box_field name="paragraph"]PHA+PHN0cm9uZz5FLUJPT0sgR1JBVFVJVE86IDI1IERJQ0FTIFBBUkEgRUNPTk9NSVpBUiBESU5IRUlSTyBBR09SQSE8L3N0cm9uZz48L3A+Cg==[/optin_box_field][optin_box_field name="privacy"]100% Seguro![/optin_box_field][optin_box_field name="consent_1_label"][/optin_box_field][optin_box_field name="consent_2_label"][/optin_box_field][optin_box_field name="top_color"]undefined[/optin_box_field][optin_box_button type="0" button_below="Y"]Download![/optin_box_button] [/optin_box]
Gestão e Governança
Outros fatores fundamentais para ser sócio de empresas na bolsa é a gestão e a governança.
Estes são critérios mais subjetivos e mais difíceis de avaliar. Uma coisa importante é entender que você não vai conhecer uma empresa de primeira só porque faz uma análise, mesmo que julgue-a completa.
Conhecer uma empresa leva tempo.
Você se torna sócio, vai acompanhando, vai aprendendo sobre ela, vai conhecendo, vai entendendo como ela funciona e assim por diante. Você discute a empresa, se informa, vê diversos dados, etc.
Entre aos poucos, para dar tempo de saber o que está fazendo. Se estiver certo e a empresa realmente preencher seus critérios para ser sócio, você já está montando posição e entrando. Se ela for ruim, investiu apenas uma pequena quantia e é fácil sair depois.
Nos investimentos, sempre entre devagar. Governança vai se conhecendo e avaliando aos poucos.
Conforme você vai conhecendo a empresa, acompanhando os balanços, discutindo os aspectos dela você vai tendo uma ideia da Gestão da empresa.
O que Avaliar?
A primeira avaliação é propriamente dos dados e relatórios da empresa.
- São claros, sem erros e coerentes?
- Fáceis de entender?
- O release vem claro e realista ou vem cheio de desculpas, escondendo possíveis problemas?
- A empresa tem um Relatório Anual claro e bem feito?
- Os dados dos balanços são fáceis de analisar ou está cheio de não recorrentes (lucros ou prejuízos eventuais por acontecimentos que não fazem da vida comum da empresa) ou dados que se misturam com os lucros que devem ser descontados para uma perfeita análise?
Não há porque ser sócio de empresas ainda que boas, cuja análise é muito complexa e leva horas e horas. Cai no problema que estas horas seriam mais eficientes no seu trabalho para ganhar mais e poupar mais.
Avalie o RI (Relação com os Investidores). Verifique como e em quanto tempo o RI responde os minoritários.
- É fácil falar com o RI?
- Eles respondem rapidamente?
- As respostas são claras?
Conforme acompanha a empresa e os balanços, você vai entendendo e avaliando a gestão.
Observe os planos da empresa e posteriormente o quanto ela cumpre suas expectativas ou mesmo o que promete. Como ela lida com investimentos, o quanto ela se mantém equilibrada em termos de dívidas, como ela reage à concorrência, enfim, só dá para ir conhecendo uma empresa aos poucos.
Lucros Consistentes
Aqui avaliamos se a empresa realmente faz dinheiro através de suas atividades. Da mesma forma que com os critérios anteriores, o mais fácil nessa fase é excluir empresas ruins.
Observe os lucros da empresa através dos anos. Se estiver cheio de prejuízos ou sem uma curva consistentes de lucros, ela não serve para você ser sócio.
Ainda que tenha lucros, se for sempre com margem baixa e decrescente, esta empresa também não serve para você.
Entenda, é possível que uma empresa que dá prejuízo seja interessante, ao fazer uma análise mais complexa da sua situação?
Sim, é possível. Porém, não estamos interessados em empresas que necessitam de análises complexas. Queremos empresas boas e simples, pois não pretendemos dedicar muitas horas a estas análises, pois penso ser mais eficiente dedicar estas horas a mais em seu trabalho.
Junto com a análise inicial do lucro, além da curva propriamente dita através dos anos, temos de avaliar a margem, o ROE, EBITDA, além de outros dados que serão discutidos num artigo futuro.
Caixa e Dívida Equilibrados
Possuir caixa e dívida equilibrados é fundamental para ser sócio e essencial para que a empresa funcione bem. Não adianta ter os outros critérios se não há equilíbrio aqui.
Analisar caixa e dívida como qualquer coisa não é uma análise de números, mas sim analisar como a dívida interfere na empresa e como ela lida com esse déficit.
Empresas diferentes podem trabalhar com mais ou menos dividas sem haver desequilíbrio. Há empresas que trabalham alavancadas e deve-se aceitar isso antes de se tornar sócio.
Tudo deve ser avaliado dentro da história da empresa e não com números isolados.
Antes de tudo, há de se compreender que dívidas não são iguais para empresas e pessoas físicas.
Pessoa Física a princípio não deve ter dívida. Empresas podem se beneficiar de dividas.
O capital de terceiros diminui o custo total de capital da empresa, pois há um beneficio fiscal. Mas, a pressão alta de juros, se além das possibilidades da empresa, acaba levando ao risco de insolvência e desequilíbrio.
A administração tem de gerir o quanto do capital da empresa deve ser próprio e o quanto deve vir de terceiros.
Não há um número mágico, cabe à gestão administrar este percentual para maior benefício à empresa.
Há empresas conservadoras que preferem trabalhar praticamente só com capital próprio. Podem ter menos crescimento do que se usassem capital de terceiros, mas ao mesmo tempo assumem menos risco.
Outras empresas alavancam mais ou por ter receita garantida ou por estar em um segmento em que é necessário buscar muito crescimento.
Não existe melhor nem pior, o que interessa é entender como funciona a empresa e acompanhar se está havendo equilíbrio dentro das características da empresa.
Conclusão
Vimos neste artigo os princípios básicos de como ser sócio de empresas na bolsa.
Você pode estar se perguntando: "Como vou ter acesso a todas essas informações?"
Eu já tive essa dúvida quando comecei meus investimentos em renda variável e uma ferramenta que me ajudou, e ajuda até hoje, são os quadros de ações do site Bastter.com.
Nele, são disponibilizados para os assinantes todos os dados das empresas de forma organizada, além de explicar todos os parâmetros necessários para análises das empresas.
Como se não bastasse, cada empresa possui um fórum do qual os sócios ou quem esteja estudando a empresa pode discutir seus fundamentos.
Se pretende investir e ser sócio de empresas na bolsa, recomendo fortemente que visite o site do Bastter e usufrua das ferramentas disponibilizadas lá.
Um grande abraço e até a próxima!
Obs: Já se inscreveu no meu canal no Youtube? Inscreva-se aqui para ter acesso a vídeos animados sobre finanças pessoais e investimentos! ;)
Pingback: Porque Você NÃO Deve Calcular a Rentabilidade dos Seus Investimentos
Pingback: Você é um investidor ou um especulador? Os 3 perfis de investidores! | André Araújo
Pingback: Taxa SELIC Caiu pra 4,5%! O que muda pra vc? Onde Investir?
Pingback: CAOS na Bolsa: Comprar ou Vender Ações? | André Araújo